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Linhas, tempo, fragmentos.
Respira-se a essência de uma flor, apenas inspirando o seu perfume?
Sabe-se o que é o silêncio, só por calar o espaço que nos rodeia?
Adivinha-se o calor emanado pelo sol, somente por tocar a laje outrora fria?
Conhece-se o sabor do mundo, por provar alguma iguaria?
Recorda-se, infinitamente, as linhas do rosto de alguém, porque esteve no nosso campo de visão por minutos?
A simplicidade daquilo que vi é reconhecida quando fecho os olhos.
O silêncio é esmagador quando a minha pele não se arrepia.
A ausência do calor é sentida quando não posso procurar a voz.
O insípido retém-se quando inspiro por perto.
A sinestesia é-me familiar,
devaneio labiríntico de quem parte em demanda e nunca regressa, de quem sempre procurou e nunca encontrou.
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